Jack Oliveira, coach de imagem pessoal que atua a partir do perfil comportamental e gestão da emoção, dá dicas de como ter um guarda-roupas funcional, de acordo com o seu estilo
Estudos conduzidos pelo psicólogo Albert Mehrabian indicam que somente 7% da nossa comunicação é verbal. O restante se dá em 38% pelo componente vocal (tom de voz) e os outros 55% são de responsabilidade da nossa imagem e expressão facial. Paralelamente, pesquisadores da Universidade de Princeton, Alexander Todorov e Janine Willis, destacam que são necessários apenas sete segundos para se criar uma primeira boa impressão.
Essas descobertas sublinham a importância da comunicação não verbal, especialmente da imagem pessoal. Para Jack Oliveira, coach de imagem pessoal que atua a partir do perfil comportamental e gestão da emoção, a maneira como nos vestimos atua como uma linguagem não verbal, que influencia como somos percebidos no dia a dia, afetando nossas interações sociais e profissionais. “A linguagem visual que escolhemos desempenha um papel significativo na conexão interpessoal”, destaca. “Surpreendentemente, isso também impacta na formação do nosso círculo social, incluindo amizades e clientes”.
Diante desse contexto, identificar nosso estilo pessoal e usar a nosso favor para montar um guarda-roupas funcional é um processo que envolve autoconhecimento e uma análise minuciosa das nossas necessidades diárias. Segundo explica, à medida que nos conhecemos melhor, é possível descobrir um estilo que não apenas nos agrada visualmente, mas que também esteja alinhado à maneira como nos expressamos e vivemos.
Disposta a ajudar as pessoas nesse processo, Jack reuniu seus conhecimentos em visagismo e consultoria de imagem para desenvolver um guia com dicas práticas de moda, enfatizando o perfil comportamental para traduzir a imagem e a importância de respeitar as características pessoais e o estilo próprio. “Não adianta seguir as tendências se elas não refletem quem você é”, enfatiza. Ela observa que o estilo é muito subjetivo e deve ser pensado para além do corte da roupa. “Muitas vezes, a pessoa expressa uma ideia, mas veste outra. E isso dá ruído na imagem”, explica. Assim, uma vez compreendidos os códigos de imagem, sua correta aplicação ajuda a construir uma imagem que nos impulsiona e expressa a nossa personalidade.
Durante o processo de efetivação da imagem pessoal, Jack afirma que é possível construir um armário prático e organizado. “Quando entendemos as peças que nos representam e agregam à nossa imagem, fica mais fácil identificar os itens que já estão no armário e que são capazes de gerar inúmeros looks harmoniosos com poucas peças”, assegura. Itens atemporais como calças jeans de corte reto, camisas e camisetas brancas, saia midi e um vestido preto de bom corte, são o ponto de partida para essa funcionalidade. Combinados com acessórios adequados, essas peças podem criar uma variedade de estilos.
Em seu guia, aliás, Jack destaca duas premissas básicas: vestir-se bem nada tem a ver com dinheiro e qualidade vem acima de quantidade. “Um guarda-roupas funcional não é sinônimo de armário cheio”, revela. O ideal é optar por peças de boa qualidade e versáteis, ao invés de um closet cheio de fast fashion, de qualidade duvidosa. “Isso vale, inclusive, para repensarmos o consumo desenfreado de roupas, sem saber se há mesmo a necessidade de incluir mais uma peça no guarda-roupas”, conclui.
Jack Oliveira – @jackoliveiraoficial