O mineral acelera a regeneração celular e, quando combinado com outros elementos, pode prevenir doenças como osteoporose, aterosclerose e outros distúrbios degenerativos
Um dos elementos mais abundantes na crosta terrestre e o terceiro oligoelemento mais encontrado no corpo humano, o silício desempenha papel importante na síntese de colágeno e elastina e na regeneração celular, mantendo a sua estrutura e o bom funcionamento do organismo. Com o envelhecimento, há uma redução dos níveis de silício no organismo. Entretanto, vários experimentos comprovam que a suplementação de silício orgânico (quando estabilizado com uma molécula orgânica) tem potencial terapêutico, ao ser combinado com outros nutrientes, ajudando a tratar doenças degenerativas e outros distúrbios.
Embora encontrado em maior concentração nos cereais e derivados, como aveia, cevada, farinha de trigo, arroz polido, frutas e em água mineral, o silício é pouco absorvido pelo organismo. Pesquisas revelam que mais de 50% do mineral ingerido é eliminado pela urina.
Estudos realizados pelo Departamento de Biotecnologia, da Universidade de Rijeka, na Croácia, revela que suplementação de silício impacta na formação de placas ósseas mais densas, prevenindo a osteoporose, na redução da pressão arterial, na artrose e até a Doença de Alzheimer.
Combinações poderosas – Segundo a especialista em cosmetologia e gestão em saúde, Chris Buarque, diretora da Comunidade Brasileira de Naturopatia, o silício atua como cofator de oligoelementos, ou seja, complementa ou otimiza a formulação dos nutrientes, promovendo melhores resultados.
Ao interagir com a Vitamina C, o mineral atua na síntese de colágeno e elastina, resultando em mais elasticidade para pele, fortalecendo ossos e vasos sanguíneos. Junto com ácido hialurônico, o silício ajuda a melhorar a mobilidade articular e manter a pele mais hidratada. O silício ainda atua com mais eficiência na absorção e fixação do cálcio nos ossos ao lado de vitamina D. O mineral age em sinergia com zinco, potencializando seus efeitos na cicatrização e na integridade estrutural da pele e das unhas.
O químico Tiago Gianfratti, diretor comercial da Stiper, primeira indústria brasileira especializada em cosméticos e produtos terapêuticos produzidos a partir de silício, ressalta que o silício orgânico, com sua ação catalisadora, potencializa as propriedades regeneradoras e revigorantes das vitaminas do complexo B, biotina e vitamina A, proporcionando firmeza à derme e musculatura. Numa suplementação, a interação do silício com o antioxidante proantocianidinas, extraído das sementes de uva vinífera branca, contribui para equilibrar o sistema imunológico e cardiovascular, garantindo mais resistência ao organismo às ações do estresse, além de inibir processos inflamatórios.
Indicações – Como a concentração de silício no organismo diminui gradualmente de acordo com a idade e sexo, Chris Buarque recomenda a suplementação com silício orgânico aos adultos acima de 30 anos, quando começa o declínio natural da produção de colágeno e começam a aparecer os primeiros sinais de envelhecimento na pele, unhas e cabelos. O consumo também é indicado para quem sofre de desnutrição devido a dietas restritivas, de estresse intenso e problemas na articulação, osteopenia e mulheres na pré e pós-menopausa.
Porém, o mineral é contraindicado para pessoas com problemas renais, gestantes e lactantes. “Antes de optar pela suplementação, consulte um profissional da saúde, sempre”, recomenda.